Aqui um espaço para compartilhar sentimentos e pensamentos...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ESCREVER

Escrever talvez não seja algo simples para a maioria das pessoas, contudo para mim é algo além de fundamental, importante e deliciosamente prazeroso.

Há quem tenha prazer em fazer artesanato, ler, dançar... sem dúvida são atividades que também geram prazer e das quais também gosto muito! Mas... escrever... é algo empolgante, envolvente que me permite criar a partir de meus pensamentos histórias que poderei um dia eternizar em um livro...

Minhas história são inspiradas na minha fantasia, imaginação, experiências, vivências, aventuras, desventuras e aprendizados...
Outro dia alguém me disse..."Tu escreves muito! Dá para fazer um livro." Pois bem... Essa é a intenção... 

Minha vida me motiva a escrever... Assim vou produzindo histórias a partir da minha história, embora às vezes escreva o que sinto e vivo apenas sem tentar poetizar e às vezes ficou muito tempo sem escrever, talvez porque o que me motive a escrever são minhas emoções e sentimentos e estes eu tenho deixado guardados em uma caixinha só minha e quando alguém consegue abrir... Faz todo esse efeito... Quem lê minhas postagens descobre...

Escrevo com todo meu carinho, sentimento e emoção... Espero que ao ler minhas postagens isso possa ser percebido e sentido... 
Simplesmente AMO escrever.


sábado, 10 de setembro de 2011

Liberdade!?

O que é estar livre?
O que é ser livre?
O que é liberdade?


Será possível responder estas questões?
Não tenho a pretensão de conseguir... Mas posso ao menos tentar...


Estar livre é um estado de espírito, é sentir-se livre...
Ser livre é não deixar que institucionalizem o nosso ser, a nossa mente, a nossa essência, a nossa alma...
Liberdade é podermos fazer nossas escolhas, é o livre arbítrio...


Será mesmo??


Ao nascermos já somos institucionalizados, já estamos inseridos em um grupo, já fazemos parte de uma comunidade, de uma cidade, de um estado, de um país, do mundo...
Temos direitos e deveres, temos direito à liberdade...


Que liberdade?
Que liberdade é essa?


Temos que seguir regras, ser obedientes, fazer o que é correto...


Afinal o que é correto??
Pra quem é o correto?


Para a família, para a sociedade, para a polícia, para a igreja, para a constituição??


E para nós mesmos - O que é correto?
Temos liberdade de escolha... até que ponto nossa escolha é realmente uma escolha?


Há destino?
Somos escolhidos? Encaminhados? Direcionados?
Como podemos ter liberdade?
Como podemos ser livres?


É mais fácil perguntar...
Responder talvez seja  impossível, há questões que jamais poderemos responder...Talvez um dia alguém encontre uma resposta.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ENCHENTE EM BLUMENAU

Neste momento lembro da primeira enchente que vivi em Blumenau...

Era menina e morava com minha família em uma casa simples de madeira no bairro da Glória, era a última casa de uma ruazinha sem saída e ficava num terreno mais baixo que as demais...
Chuvas intensas preocupavam meus pais. Lembro de uma enchente que eu via pela TV, a Beira Rio debaixo de água e ouvia a voz do Rodolfo Sestrem informando a situação...

Minha casa havia sido invadida pela água... Quando acordei com o som do choro da minha mãe, olhei ao redor eu estava na cama dela ao lado de meu irmão que dormia e ela estava de pé dentro da água que faltava pouco para alcançar o colchão...

Uma aranha caranguejeira enorme nadava em direção à cama... Meu pai era bombeiro industrial da empresa onde trabalhava e estava auxiliando no resgate com os bombeiros da cidade, sem saber o que estava acontecendo em casa...

Não recordo o que aconteceu depois... Essas são as lembranças que tenho da infância relacionadas à enchente.

A última enchente que passamos já estava na casa onde moro hoje e vi ao redor muito desmoronamento, muita água, muitas casas alagadas e abrigos lotados com pessoas desesperadas sem saber o que fazer...
Estávamos sem luz e água nas redondezas, os vizinhos desesperados, minha mãe em pânico por causa do meu irmão que estava em área de risco, foi difícil acalmar os ânimos...

Me senti impotente e não consegui reagir além de me recolher à minha a casa e ficar com meu filho... Duas semanas depois, quando os acessos foram liberados e saí de casa para o trabalho, vi a destruição que a enchente e os desmoronamentos haviam deixado...

Entrei em choque e voltei para casa chorando, foi assustador e fiquei pensando nas pessoas que sofreram tudo, que passaram por tudo aquilo, não consegui não sofrer por eles, precisei de tempo para reordenar o que estava sentindo para sair à rua no dia seguinte.

Hoje a enchente assola minha cidade novamente, estamos mais uma vez ilhados, sem acesso pelas estradas, novamente há muitos alagamentos, quedas de barreiras e abrigos...

A diferença é que agora estou um pouco mais preparada e posso pensar novas formas de agir e sentir todo esse desastre que nos assola.

Tenho amigos com quem compartilhar e posso me unir a eles para auxiliar a população, estou online me comunicando, sabendo e transmitindo notícias.

Força Blumenau! Mais uma vez sei que vamos passar por essa e sair marcados, mas sem dúvida mais forte e preparados.

E eu... Estou aqui... Fazendo o pouco que me é possível, mas que talvez seja o muito para alguém...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM TEMPOS DE INTERNET

A internet já faz algum tempo não é mais uma grande novidade...
Ela está ai para nos ajudar com trabalhos acadêmicos facilitando pesquisas e no campo profissional também nos possibilita agilidade nos contatos e resolução rápida de situações do cotiano.

Agora... Vamos pensar nas relações entre as pessoas na era da internet... Temos os blogs, msn, facebook, orkut, twitter e por ai vai, existem diversos sites de relacionamentos disponíveis, alguns até são pagos e prometem análise de perfil e contatos com pessoas para marcar encontros e quem sabe até casar...

Outro dia li uma matéria em um jornal que dizia: "Ache o par perfeito na rede", estão chamando de cupido virtual, estes sites, uma pesquisa foi realizada e o resultado apresentou o aumento do número de relacionamentos amorosos que começam pela net. Foram entrevistadas mais de 10,5 mil pessoas, um quarto disse ter ficado com alguém que conheceu na rede e 9 em cada 100 admitiram ter feito sexo virtual... Ai vem a minha reflexão...


Cada um faz suas escolhas e sabe o que é melhor para si não é? Pois bem... A net realmente ajuda muito na aproximação com pessoas que gostamos e estão longe...


Tenho amigos e amigas de longa data que não posso estar perto todo o tempo, mas na net, podemos nos falar a qualquer hora, contar novidades, dar apoio, marcar pra sair... Tudo fica mais "fácil" e  mais "próximo". 

O que não concordo é com essa "facilidade" nas relações amorosas. Homens e mulheres se acomodam e preferem ficar teclando com um desconhecido ao invés de sair, de ir a algum lugar e apenas estar lá e se permitir conhecer novas pessoas. 

Concordo que isso pode ser extremamente difícil para alguns e a net pode ser uma forma de conseguir se relacionar, no entanto há pessoas que deixam a vida social "real" e passam a viver a vida virtual, talvez porque isso seja mais fácil, talvez porque acreditam que seja melhor assim... Cada um pensa de uma forma...

Certa vez uma amiga insistiu para que eu entrasse em um site que ela disse ser muito legal... Ficou a semana inteira me enchendo a paciência com isso, até que fiquei curiosa e fui à procura do tal site, fiz o cadastro, preenchi os dados do perfil, postei fotos e comecei a brincar...

Minha amiga havia dito que seria rápido, que muitos me chamariam para teclar e dito e feito, lá estava eu em frente à tela e uma porção de janelinhas piscando chamando para bate papo... Pensei... Vamos lá então! Já que entrei... 

Fui abrindo uma a uma as janelinhas, olhando os perfis, as fotos e a decepção veio, "relacionamento" no perfil das figurinhas, "comprometido". 

Minha amiga havia dito que isso aconteceria, mas não havia pensado que fossem tantos... Homens casados procurando encontros clandestinos... Bom estes nem aceitei o convite para teclar, fui excluindo um a um. 

Depois de tantas exclusões tive uma surpresa... encontrei um solteiro...  Ufa... Achei que isso não existisse mais (risos). Começamos a teclar, uma hora depois fomos para o msn, duas fomos para o face, no outro dia para o orkut, twiter e logo estávamos conversando usando web cam...

No minimo do minimo fiz um amigo... Bom para primeira vez na net acho que me sai bem... Depois de algum tempo o conheci por acaso em uma fila de uma casa lotérica... Hoje tenho um bom amigo para papear... 

Depois desta primeira vez continuei investindo em sites desse tipo... Hoje vez por outra dou uma bisbilhotada... Já conheci alguém por quem me apaixonei e sai do espaço virtual para o real... Me dei por vencida aos encantos da net para conhecer pessoas... hehehe,  Como se diz... Quem não tem cão, caça com mouse... (risos)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Ourives

Certa vez numa gruta situada no meio de um bosque vivia um ourives chamado Romeu.

Romeu era um belo homem com seus quarenta anos, pele clara, alto, olhos verdes que mais pareciam duas esmeraldas. Homem inteligente, além de produzir belas jóias era possuidor de conhecimentos matemáticos que provocavam inveja nos homens da aldeia onde vivia... Todos o procuravam para auxiliar com cálculos que ninguém mais conseguiria solucionar.

Romeu vivia só em sua gruta,  tinha amigos, porém não se permitia conhecer alguém que pudesse completá-lo, compartilhar de sua vida... Vagava pelas noites nas tabernas da aldeia a procura de algo que não sabia mais o que...

Numa noite fria de agosto Julieta, uma jovem mulher, pele clara, cabelos longos e cacheados, professora e escritora, procurava alguém com quem conversar, sentia-se só e resolveu sair de casa para caminhar.

Durante a caminhada Julieta avista Romeu saindo de uma taverna e em dúvida pensou - "Será que é mesmo ele?" -  se perguntou. Arrisca-se chamando-o: -"Romeu? Romeu!" - O homem vira-se e avista Julieta que responde com um sorriso caminhando em sua direção.

Ao se aproximar de Romeu, Julieta pergunta: - " Você se chama Romeu? Recorda-se de mim? Sou Julieta! Nos conhecemos quando eramos adolescentes.

Romeu consentiu com a cabeça que se recordava de Julieta, mas não pronúnciou uma palavra se quer, abaixou a cabeça e seguiu adiante. Julieta não compreendeu a reação de Romeu e deixou que seguisse entrando na taverna.

Alguns dias depois Romeu encontra Julieta em uma livraria e timidamente a convida para irem a taverna beber algo. Julieta fica muito feliz com o convite mas procura não demostrar...

Romeu pede o endereço de Julieta para ir buscá-la às oito horas da noite para irem a taverna. Tudo certo, cada um segue seu dia e ansiosamente esperam pela noite...

Romeu em sua gruta prepara novas jóias atendendo ao pedido de seus clientes... A tarde passa rápido para ele que concentra-se no trabalho com algumas pausas para lembrar dos olhos e dos lábios de Julieta que haviam chamado sua atenção...

Julieta em casa tentava escrever algumas páginas de sua nova obra, mas não consegue manter a concentração por muito tempo, volta e meia o pensamento flutua recordando dos olhos verdes de Romeu e do convite que fizera, não via a hora de poder estar com ele.

Dezenove horas, Julieta começa os preparativos para esperar por Romeu... Romeu por sua vez ainda trabalha em uma linda joia...

Julieta escolhe o melhor vestido, o separa e toma um banho reconfortante, arruma os cabelos, maquia o rosto, veste-se e senta-se no sofá assistindo TV a espera de Romeu.

Dezenove e quarenta e cinco... Romeu termina mais uma bela joia e vai para o chuveiro, toma uma ducha quente, veste-se, pega as chaves do carro e vai ao encontro de Julieta.

São oito horas da noite e Julieta já está de pé em frente ao portão a espera de Romeu, está muito ansiosa pelo encontro...

Romeu chega, para o carro e Julieta entra cumprimentando-o com um beijo no rosto. Seguem em silêncio até a taverna.

Na taverna Romeu oferece um vinho à Julieta, ele pede um queijo para saborearem e começam a conversar sobre o dia-a-dia de cada um. Julieta enquanto ouve Romeu fixa seus olhos nos dele e ele corresponde mantendo seus olhos nos dela...

Julieta gosta de conversar com Romeu, embora ele pareça um tanto negativo e pessimista em sua fala, em alguns momentos parece ficar irritado com o que relata, embora bastante falante Julieta limita-se a ouvir Romeu, quer conhecer mais o homem que está ali.

Passadas duas horas Romeu convida Julieta para darem um passeio, paga a conta, vão em direção à saída da taverna, neste trajeto Romeu pega a mão de Julieta sem olhá-la, apenas entrelaça seus dedos nos dela.
Julieta o fita mas ele não corresponde seu olhar, ela apenas sorri, fica feliz...

Romeu e Julieta caminham até uma praça próxima a taverna em silêncio, apenas de mãos dadas, lado a lado.

Ao chegar na praça Romeu a abraça e a beija sem dizer nada, apenas a beija, um beijo ávido que Julieta não consegue corresponder, sente-se estranha e pensa - "Eu quero este beijo! Porque não consigo?" - Romeu percebe algo errado e interrompe o beijo, voltando a pegar a mão de Julieta e seguir a caminhada, desta vez em direção ao carro.

Novamente caminharam em silêncio, entraram no carro e Romeu leva Julieta até sua casa, despediram-se com um leve beijo nos lábios, se desejaram boa noite e sem dizer nada além Julieta entrou em casa, e Romeu seguiu em direção à sua gruta.

Alguns dias se passaram e nossos queridos personagens não se falaram, até que Julieta ligou para Romeu convidando-o para um passeio, mais uma vez combinaram de Romeu buscá-la e no horário marcado lá estava ele... Foram a uma nova taverna que abrira na aldeia... Julieta queria muito conhecer o lugar...

Julieta e Romeu beberam, conversaram e riram muito aquela noite... Em certo momento Romeu falou em tom mais formal - "Me perdoe por não ter procurado você! Fiquei muito feliz quando você ligou! Mal conseguia esperar a hora de ver você!" - Julieta encantada com as palavras de Romeu sorriu e o beijou, desta vez o beijo foi o que Julieta esperava... Algumas horas depois Romeu e Julieta saíram juntos da taverna mais uma vez de mãos dadas seguiram até o carro de Romeu, desta vez foram para a gruta de Romeu onde tiveram a mais tórrida noite de amor de suas vidas...

Na semana seguinte Julieta não recebeu mais notícias de Romeu, ficou preocupada - "Será que algo aconteceu a ele?" - pensava. Romeu, como apareceu na vida de Julieta se foi...

O ourives não estava mais lá! A gruta estava vazia, as joias que estavam em exposição haviam sido vendidas e nada havia ficado de Romeu que permitisse saber seu paradeiro, ninguém jamais ouviu falar novamente daquele homem que deu a Julieta a esperança de finalmente ter encontrado alguém com quem compartilhar sua história...

Escolhas...

O que são as escolhas?
O que é fazer escolhas?

Alguns podem achar que escolher é algo fácil como... Sorvete de chocolate ou de baunilha... Ou misto, (risos)
Ou... Se pensar mais um pouco talvez consiga perceber que as escolhas são muito mais que um...
Prefiro isto ou aquilo.

Escolher é estar em equilíbrio com nossa mente, acima de tudo.
Quando escolhemos ficar bem por exemplo, quando escolhemos não sofrer, não ter ira...

Hoje presenciei uma cena que aconteceu por escolha do personagem principal... Vou contá-la...

Dois vizinhos, João e José. José mora no alto atrás da casa de João que fica um pouco a baixo da de José.

José roçava o gramado alto atrás de sua casa e alguns resíduos do roçado caiam no quintal de João.

João ao ver o que estava acontecendo sentiu-se profundamente ofendido e começou a sentir-se irado.
A esposa de João uma mulher com equilíbrio para pensar possibilidades e evitar conflitos, falou ao marido - "Não vá discutir com José, apenas fale com educação que ele irá entender." - Apesar dos conselhos da esposa João a ignorou e com grande fúria rompeu casa a fora e batendo palmas com força para chamar a atenção do vizinho, falou aos gritos: - "Olha cara eu não tô gostando não do que tu tá fazendo! Tem gente morando aqui! Se tu pensa que eu sou palhaço pra ti ficar sujando meu quintal eu não sou não! Ou tu faz um muro ou põe uma rede de proteção quando vai roçar ai! Eu vou registrar um BO! Isso é palhaçada!" - José com calma tentou conversar com João que não deu ouvidos ao vizinho, saindo irritado deixando sua esposa, batendo portas, isolando-se em seu quarto.

O que podemos concluir com esta história?
João escolheu ficar irado, irritado e isolar-se da família... Escolheu discutir com José.

João poderia ter escolhido conversar com José apresentado a ele seu ponto de vista e sua insatisfação com o que estava acontecendo com educação e calma. A história poderia ter outro início, enredo e desfecho, não??

Vivemos a partir de nossas escolhas, sejam elas certas ou erradas, apenas precisamos pensar nas consequências das escolhas que fazemos.

Uma coisa é certa! Sempre o grande prejudicado ou beneficiado será quem fez a escolha...



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um Conto de Fadas... Será??

Vou contar uma história que como dizem minhas professoras... Aconteceu com uma amiga...

Era uma vez... Uma mulher (Rosa) que tinha uma grande amiga que iria se casar... (Jasmim).
Jasmim convidou Rosa para o seu casamento. Rosa feliz e ao mesmo tempo exitante aceitou dizendo que iria sozinha.

Jasmim disse que não deveria se preocupar pois lá haveria pessoas com quem conversar...
Rosa preparou-se para o grande dia da amiga, alugou vestido, maquiagem, cabelo, tudo que tinha direito para prestigiar sua querida amiga.

No dia do casamento chovia e quando Rosa entrou na igreja, rasgou o vestido e  pensou - "Tenho que dar um jeito nisso!" Procurou a equipe do cerimonial e pediu ajuda, logo o pequeno rasgo estava costurado.

Rosa então procurou onde sentar, queria ficar no corredor onde poderia ver a amiga entrar...
Aos poucos os convidados foram chegando e Rosa observava a todos com curiosidade...

Ao lado de Rosa sentou uma família com dois filhos e um homem que chamou a atenção de Rosa, mas o olhar de Rosa foi rapidamente interrompido por Jasmim que acabara de chegar.

A cerimônia foi linda! Jasmim trocou alianças com seu amor e Rosa observava cada detalhe, lembrando de algo que já havia vivido e que teme não viver mais...

Três palavras ficaram na memória de Rosa (conhecer, crescer e permanecer), palavras que foram ditas durante a cerimônia e que Rosa gostaria de poder viver algum dia...

A cerimônia terminou, Rosa sabia onde deveria ir, como chegar, entretanto, no intuito de não sentir-se só como já estava se sentindo, tentou conversar, dizer olá, mas não foi feliz e saiu, entrou no carro e foi em direção ao local da festa.

Ao chegar Rosa foi recebida pela equipe do cerimonial que a direcionou ao local onde deveria sentar, Rosa estava só e assim permaneceu... Os convidados foram chegando e ocupando os lugares ao redor de Rosa, mas ninguém sentou ao seu lado...

A primeira tentativa de aplacar a solidão de Rosa veio de uma cerimonialista, que não foi o suficiente para tirar Rosa do lugar, outra veio e teve em sua fala pena, o que deixou Rosa sentindo-se mais triste e só do que realmente estava até aquele instante e por fim um dos garçons dirigiu a palavra a Rosa perguntando - "A senhoria está sem acompanhante para brindar? - Rosa respondeu positivamente e o garçom então completou - "É uma pena que eu esteja trabalhando hoje! - Conseguiu fazer Rosa sorrir, mas a fez sentir-se mais só ainda a ponto de abaixar a cabeça para segurar as lágrimas que insistiam em rolar.

Jasmim e o marido chegaram!! Viva!! Vamos ao brinde dos noivos e aos cumprimentos... Jasmim e seu marido passaram em cada mesa cumprimentando os convidados... Ao se aproximar de Rosa, Jasmim não gostou de ver a amiga sozinha, e logo após, um anjo veio ao encontro de Rosa para levá-la para um lugar mais confortável, longe da solidão.

Esse anjo era a irmã mais nova de Jasmim, querida jovem. Levou Rosa para junto dos seus e fez com que Rosa se sentisse parte de algo, Rosa ficou muito feliz em estar ali.

O homem... Reapareceu o homem que Rosa havia visto na igreja e que chamara sua atenção, ela havia esquecido dele completamente.
Não descrevi até agora nossas personagens...

Rosa é uma mulher madura, mais de trinta anos, estatura média, pele branca como a neve, vestida em um vestido vermelho, cabelos cacheados ruívos e olhos castanhos...

Jasmim, jovem de vinte e poucos anos, cabelos loiros como o sol, olhos azuis, pele clara como a lua, altura média, silhueta esguia, jeitinho de boneca, em um vestido de noiva maravilhoso como uma sereia, uma serenidade sem par...

Cravo, homem com trinta e poucos anos, alto, atlético em um terno na cor grafite, cabelos loiros e lindos olhos da cor do mar, pele clara, mãos grandes e um sorriso esplendido...

Cravo e Rosa cruzaram os olhares e sorriram um para o outro... Rosa olhou ao redor para certificar-se que era para ela que ele sorria, não conseguia acreditar que um homem como aquele estivesse olhando para ela.

Trocaram outros olhares, Rosa estava arfando de tanta alegria... Vieram o jantar, as homenagens e a dança dos noivos... Tudo lindo! Encantador!

Rosa ajustou a cadeira para ficar de frente para a pista de dança, queria dançar... mas não acreditava que iria... Então ouviu uma voz quente e forte que disse: - Não sei dançar isso ai... Mas se você me ensinar eu arrisco! - Rosa olhou para trás e levantou-se da cadeira indo para a pista de dança com Cravo que a segurou pela cintura e juntos arriscaram uns passos...

Cravo tentou beijar Rosa, mas ela recusou, ficou com medo, vergonha, queria... Mas não teve coragem, saíram da pista... Cravo estava bebendo muito e isso incomodava Rosa, além de beber fumava muito. Rosa não conseguia parar de pensar em tudo isso, queria ficar com Cravo mas o medo do comportamento dele a deixava em pânico.

Rosa procurou Jasmim para dizer que Cravo havia tentado beijá-la... (haa, Cravo era o irmão mais velho de Jasmim). Jasmim incentivou a amiga a curtir a festa, a noite, aproveitar o momento porque Cravo era um homem bom apesar de tudo, com isso Rosa ficou leve, sentiu-se feliz e autorizada a soltar as correntes do medo que a seguravam.

Voltou a dançar com Cravo e desta vez Rosa não conseguiu, nem que quisesse conter a tentativa de Cravo beijá-la, não teria conseguido.

Cravo segurou com força a cintura de Rosa e o rosto, a beijando com força e desejo ao que Rosa retribuiu intensamente.

Assim passou-se a noite... Rosa e Cravo não se deixaram, abraços, beijos, carícias... Rosa sentia-se em um conto de fadas. Um homem lindo, inteligente, interessado por ela! Tudo que sempre quis!

Passaram a noite e o dia seguinte juntos... Rosa transbordava de tanta felicidade! Cravo disse que ligaria e rosa ficou mais feliz ainda... Mas o medo a atormentava, havia percebido naquelas horas que se seguiram à festa coisas que a perturbaram...

Cravo bebeu muito durante toda a noite e o dia, fumou muito, contou seus segredos para ela e isso a deixou muito assustada... A saúde de Cravo não ia nada bem...

Rosa não queria admitir, mas já estava envolvida e apaixonada... Cravo não parecia sentir o mesmo.
Dois dias se passaram e Rosa ligou para Cravo, que a atendeu secamente dizendo que iria ligar outro dia...

Rosa ficou triste e feliz poque acreditou no que ele dissera. Mais dois dias se passaram e Cravo ligou, desta vez foi atencioso e então marcaram de se encontrar no dia seguinte... Rosa esperançosa foi ao encontro de Cravo que já fumava quando se encontraram e foram a um bar... Poxa um bar! Rosa não gostou... foram e Cravo bebeu... Rosa insistiu e saíram de lá, iriam ao cinema... Nada feito, nada interessava a Cravo, ele precisava beber...

Voltaram ao bar, passaram a noite juntos e no dia seguinte Cravo expulsou Rosa de sua vida! Rosa não conseguiu compreender, ficou triste, chorou... Cravo não a procurou mais...

Persistente Rosa o procurou por duas vezes. Sem sucesso, pediu ajuda a Jasmim que sabia de toda a trajetória do romance da amiga, mas nada poderia ser feito... Cravo preferiu viver sua vida "certa ou errada", mas a sua vida, preferiu ficar só a compartilhá-la com Rosa que apesar de tudo estava disposta a estar ao seu lado. Rosa pensou - "Vivi um conto de fadas! Tenho certeza que vivi! Será??

Rosa sofreu por vários dias, até que... Essa é uma outra história, um outro romance de Rosa... Sem contos de fadas...


ENTUSIASMO!!

Ô palavrinha essa!

O que te move? Alguém pergunta.
Meu entusiamo pela vida, pela Psicologia, pelo meu filho, pelo meu trabalho, pelo sol que brilha hoje, pelas paixões que virão ou não...

Entusiamo pode ser sinônimo de ansiedade??

Talvez!

Estou muito ansiosa, o blog de um querido colega de adolescência mexeu comigo e me fez querer escrever, estou elétrica, meus pensamentos não param, penso em muitas coisas ao mesmo tempo, desejo muitas coisas ao mesmo tempo e não consigo fazer nada além de escrever aqui.

Queria ter vontade para mais, mas... Mais o que?

AMIGOS...

Não faz muito tempo eu acreditava não ter amigos.

Para mim amizade verdadeira era aquela que duas pessoas tem quando não se desgrudam, fazem tudo juntas, aquela coisa de minha melhor amiga para tudo e o tempo todo.

Nunca tive isso, sempre busquei isso e nunca consegui...
Um dia acordei! Já era hora!

Descobri que tenho poucos, mas grandes e maravilhosos amigos, que são importantes, caros, que posso dizer sem dúvida alguma: EU AMO E SOU AMADA POR ELES!

Agora entendo o que significa ser amigo, ter um amigo e o que é a amizade...
Não é preciso que tenhamos uma pessoa o tempo todo ao nosso lado para ter um amigo.

Meus amigos e amigas são pessoas que participaram ativamente da minha história e eu das deles em algum momento, que marcaram e foram marcados e que ficaram...

Gostaria de por o nome da cada um aqui... Mas sei que ao lerem saberão que estou falando deles, são meus amigos e amigas de tempo, não de um dia para o outro, pessoas que admiro e que me admiram, pessoas com as quais já chorei, já sorri, já discuti e que já ouvi muito e fui muito ouvida.

Pessoas com as quais eu gostaria de poder estar mais vezes junto, porque parece que quanto mais nos vemos, mais queremos nos ver e conversar...

A vocês meus queridos um grande beijo no coração e obrigada por me permitir fazer parte da história de vocês!

SENTIMENTOS...

Certa vez uma pessoa que eu admiro me falou...
"Você é muito dura consigo mesma e acaba sendo com os outros também. Você precisa falar sobre o que você sente! O que você sente??"

Não consegui responder... O que sinto está tão emaranhado que não consigo expressar... Sinto dor, solidão, tristeza, alegria, paixão, amor, esperança, medo...

Não são sentimentos unicamente meus sei disso, no entanto tem dias que pra mim estão piores ou mais intensos...

Hoje estou angustiada, sem vontade de sair do quarto...

Mas saio porque preciso, porque tem alguém que precisa de mim, porque sou obstinada e gosto do que faço, mas se não tivesse nada a que me agarrar, hoje eu ficaria na cama o dia todo...

SOLIDÃO...

Que palavra é essa?

Estar só...
Ser só...
Sentir-se só...

Já pensei muito sobre a solidão.
Ás vezes quero estar só, sem os ruídos do dia-a-dia que me perturbam a mente e não me permitem pensar...

Ás vezes me sinto só mesmo em grupos de trabalho, estudo...
Muitas vezes me sinto sozinha, sem ninguém, sem alguém para conversar, ouvir, chorar...

Essa é a solidão que me machuca, sentir-me só, isso dói muito. A solidão de não ter alguém para compartilhar a vida...

Quanto mais eu busco por algo ou alguém que diminua esse estado de solidão, mas só me sinto, mais só eu fico, nada resolve...

Certo dia fui ao cinema, sozinha como de costume, me sentei no meio do cinema e algo fez eu me sentir muito horrível, um ser sem importância no mundo...

Todos que entraram sentaram ao redor, mas ninguém ao lado ou próximo, escorreguei no acento como se estivesse em um casulo...

Queria estar invisível... Talvez estivesse!